Não existe salvação na última hora


Jesus nos chama em tempo de aceitarmos ao convite da graça para que possamos nos preparar para a sua vinda

Muitas são as pessoas que tem se enganado - e morrido sem a esperança da vida eterna - pensando que estarão salvas quando resolverem confessar a Jesus como seu único e suficiente Salvador nos últimos instantes de suas vidas.

Esse é um equívoco que muitos têm sustentado utilizando como argumento a passagem bíblica que se refere a um dos malfeitores crucificados junto com Jesus, que pediu ao mestre que se lembrasse dele quando entrasse no seu reino e, Cristo respondendo disse:

“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43). 

E outra que diz: 

“Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10.9).

Mas, tanto o bispo Luciano Nascimento, quanto o pastor Fábio Saraiva, trazem uma reflexão sobre o diálogo entre o Rei e o ladrão na cruz. 

Enquanto o outro malfeitor escarnecia de Jesus dizendo para o mestre salvar-se a si mesmo, o referido ladrão o repreendia fazendo uma incrível declaração: 

“Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez” (Lucas 23.40-41).

Verifica-se que o personagem a que se refere o evangelista Lucas, reconhecia que tinha feito algo errado e estava pagando por isso. 

O que chama a atenção é que ele reconhecia a majestade de Cristo. Ele via Jesus como o próprio Deus sendo ali crucificado. ALELUIA!!!

De acordo com o pastor Fábio Saraiva, por essa declaração que foi feita, percebe-se que aquele ladrão tinha ouvido Jesus falar do reino dos céus e havia crido na vida eterna.

"Quando ele diz: ‘Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino’, fica mais claro ainda que aquele homem sabia que Jesus tinha um reino e, humildemente, pede ao Pai que se lembrasse dele", analisa. 

Ainda de acordo com a reflexão do bispo Luciano e pastor Fábio, quando Jesus responde, "hoje estarás comigo no Paraíso", Cristo está se referindo ao tempo da eternidade que é totalmente diferente do nosso relógio biológico. 

Já em relação ao trecho que fala sobre confessar a Jesus com os lábios e crer nele com o coração, basta lembrar do que disse Tiago: 

“Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2.26). 

Adianta crer em Jesus e não obedecer à sua palavra? Obedecer significa aplicar os requisitos para entrar no reino dos céus - o que veremos mais adiante. 

“Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2.18). 

Não existe nenhuma nação que não tenha tido oportunidade de conhecer o evangelho 

Ocorre que essas nações não querem Jesus, não querem ouvir falar daquele que cura, liberta e salva porque elas já tem os seus deuses. Como está escrito em Romanos 10.16:

“Mas nem todos tem obedecido ao evangelho”.

Quando Jesus mandou os seus discípulos irem “por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15), eles foram até os confins da terra e anunciaram as boas novas, mas nem todos creram na sua pregação, assim como não creram no profeta Isaías, quando anunciava a vinda do Messias. 

“Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu (...)” (Colossenses 1.23). “Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até aos confins do mundo” (Romanos 10.18).

As pessoas preferem continuar presas aqui neste mundo e atraídas pelas riquezas e demais coisas que podem conquistar com a força do seu próprio braço. Preocupam-se tanto em prosperar, obter, possuir neste plano terreno e, quando morrerem, não poderão levar nada. 

“Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1 Timóteo 6.7.8).

Por isso que o apóstolo Paulo bem lembrou: 

“Vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão (porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação)” (2 Coríntios 6.1-2).

Para o bispo Luciano Nascimento, o tempo aceitável do Senhor e o dia da salvação são exatamente as oportunidades que Deus nos dá para nos achegarmos até Ele e viver uma vida de santidade preparando-nos para quando Jesus vier buscar a sua igreja. 

Estas oportunidades, aliás, são o tempo que nos resta na carne. Isto é: enquanto estamos vivos.

“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” (2 Pedro 3.10-12).
Logo, não são nos momentos finais da nossa vida, quando estivermos, por exemplo, num leito de hospital, que a oração de um pastor intercedendo pela nossa alma, fará com que sejamos salvos em Cristo Jesus.

O tempo que nos resta na carne é para decidir onde queremos passar nossa eternidade

De acordo com o bispo Luciano Nascimento, enquanto estivermos vivos, temos a oportunidade de decidir se queremos passar a eternidade no céu ou no inferno. 

“Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1 Pedro 4.2).

Foi para isso que Jesus veio a este mundo: para provar com morte de cruz o seu imenso amor por cada um de nós e anunciar que existe uma “cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hebreus 11.10), esperando por nós. 

Só que para herdar essa terra celestial é preciso “nascer de novo” e viver a vida de Deus. 

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20). 

A nova criatura ressurge das águas do batismo, momento em que deixamos o velho homem - nossos antigos hábitos que nos separam de Deus. 

“Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos” (Colossenses 2.12). 

É como diz a canção: 

♫ “Há uma semente que tem que brotar / Existem vontades que tem que morrer / Morrer para o mundo e viver para Deus / E o adorar”.  

Somente os corpos mortificados para as paixões e concupiscências desta vida é que poderão subir com Jesus. 

“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido [mortificado para o pecado], para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Filipenses 3.20-21). 

Portanto, “buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55.6-7). 

Fazendo isso, poderemos morrer em paz sabendo que quando o Senhor Jesus descer do céu com alarido e com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, nos ressuscitará primeiro (1 Tessalonicenses 4.16). 

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. (...) Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4.13,14,17). 

Perceba que a Bíblia Sagrada se refere à morte como um sono profundo que só será despertado com a trombeta de Deus naquele Grande Dia. 

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12.2). Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Tessalonicenses 4.18).

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