“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5.1-5).
O apóstolo Paulo começa o capítulo 5 da sua carta aos Romanos falando do orgulho na
esperança da glória de Deus, ou seja, da vida eterna que está reservada nos
céus para nós.
E, logo depois, ele enumera uma sequência de situações que
devemos passar para que, então, possamos alcançar a esperança para ter entrada
a esta graça.
Ora, mas o
que vem a ser esperança? Segundo o Dicionário Online de Português, significa:
“Confiança de que algo bom acontecerá (...). Espera baseada na possibilidade de
que um desejo se torne realidade”.
Considerando
que a nossa esperança é ver o Senhor Jesus Cristo ressurreto e morar para
sempre com Ele nas moradas celestiais, pode-se afirmar que, esperar, também
consiste no firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem (Hebreus 11.1).
Viver pela fé é viver acreditando no invisível e se alegrando com esta esperança
dia após dia. Aliás, veja o que ela produz para aqueles que creem:
“Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso, alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma” (1 Pedro 1.8-9).
Esta
esperança produz uma alegria indescritível, como bem Jesus falou aos discípulos
antes de ser crucificado:
“Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará” (João 16.22).
Os passos da fé
Para chegar a essa firmeza de conseguir viver sem ser
abalado pelos problemas, aguardando a bem-aventurada esperança e aparecimento
da glória do grande Deus e nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, existe um
caminho a percorrer.
Primeiro
Paulo fala que devemos nos gloriar nas tribulações porque ela vai produzir a
paciência. Analise bem, Paulo está dizendo que a tribulação é produtiva. E não
é só essa vez que ele fala isso.
Veja como
ele repete com outras palavras mais adiante:
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas" (2 Coríntios 4.16-17).
Além de
repetir que a tribulação é produtiva (“produz para nós um peso eterno de glória
mui excelente”), mais uma vez, ele se refere ao viver pela fé: “não atentando
nós nas coisas que se veem” (os problemas, as aflições), “mas nas que se não
veem” (a esperança da vida eterna).
Porque aquilo que se vê, logo passa. Mas, o
que não se vê, permanece para sempre.
E Paulo
ainda diz mais aos Coríntios:
“(...) De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte” (2 Coríntios 12.9-10).
Ele nos ensina a dar graças a Deus pelas nossas fraquezas.
Depois que
você deu o primeiro passo de fé, colocando o pé na água (no mar de
tribulações), o segundo passo é aperfeiçoar a paciência, a qual é produzida,
justamente pela tribulação. E a paciência é uma virtude de Deus que precisamos
obter para alcançar a vitória. Veja:
“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” (Hebreus 10.36).
O terceiro
passo de fé, é a experiência que será obtida por meio da perseverança. Quando
você persevera na doutrina de Cristo e exercita a sua paciência, nem vê o tempo
passar. Nem percebe se a estrada é longa ou não porque o Espírito Santo caminha
com você lado a lado.
É assim ou
não é quando está andando sozinho? Parece uma eternidade para chegar ao
destino. Agora, experimenta ir com outra pessoa para ver se não chega
rapidinho.
Esse é o motivo pelo qual Paulo chama a nossa tribulação de “leve e
momentânea”. Pois ela durará o tempo suficiente para adquirirmos a experiência
necessária.
Depois que
a tribulação produziu a paciência e a paciência, a experiência, o quarto passo é o da esperança, a qual “não traz confusão, porquanto o amor de Deus
está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos
5.5).
E depois...
Sabe por que
precisamos percorrer esse caminho para viver da esperança da vida eterna? Porque
Jesus disse:
“na vossa paciência possuí a vossa alma” (Lucas 21.19).
O Espírito
Santo de Deus só vai se sentir à vontade dentro de nós se estivermos calmos,
quietos. No entanto, enquanto estivermos aflitos, abatidos, oprimidos, os seus ouvidos
estão atentos e inclinados para o nosso pedido de socorro.
O Pai está
sempre pronto para nos ajudar na nossa fraqueza. Porque, depois de percorrermos
esse caminho de fé, “o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à
sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos
aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá” (1 Pedro 5.10).
Ele mesmo é
quem vai nos capacitar para buscarmos as bênçãos diretamente das suas mãos,
para que não sejamos confundidos com os deleites do mundo e perdermos a nossa
coroa que está guardada nos céus.
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