É só na relação com o outro, em momentos de crise, que é possível saber se o homem declinou da sua natureza animal
São nos
momentos críticos que se percebe quem conseguiu atingir o “grau” de
civilização. É na relação com o outro que o homem demonstra (ou não) sua
humanidade e prova se realmente declinou da sua natureza animal.
Os mais
desapercebidos ou desprovidos de senso crítico sobre si e sobre o outro, logo
revelarão suas tendências naturais motivadas pelo instinto de sobrevivência.
Desesperados, agirão pela emoção de temer que o pior aconteça e sua selvageria
ficará estampada mesmo nas pequenas atitudes como, correr para o supermercado em tempos de ameaça de desabastecimento e, não raro, saquear as prateleiras.
A estes
talvez tenha faltado na formação de sua personalidade o que Kant dizia ser
determinante para o desenvolvimento humano: a pedagogia (educação) e a
filosofia (saberes).
Ou até tenham tido, mas, de repente, não se permitiram ou
não foram devidamente corrigidos em tempo de a disciplina domar sua selvageria aflorada em seus instintos primitivos ou naturais que o equiparam ao
animal e, produzir, neles, qualidades que desenvolvam sua essência humana.
Outro observatório muito pertinente que acaba de chegar ao Brasil é o filme “O Poço”, da Netflix, lançado originalmente em 2019 nos cinemas espanhóis. Sem dar spoiler, digo apenas que sua narrativa suscita mil e uma interpretações sobre o desenvolvimento humano, escancarando uma solidariedade falaciosa que muitos ao nosso redor, talvez carreguem por trás de suas máscaras.
Por tudo
isso é que estes não podem ser “graduados” na escola humana como civilizados.
Este “diploma” lhes foi confiscado no momento em que revelaram sua verdadeira
identidade a partir do contato com o outro nos momentos de crise.
Mas, como
diz o livro bíblico de Eclesiastes: há tempo pra tudo debaixo do céu. Por mais
que agora lhes faltem atributos e virtudes que suplantem sua essência animal,
Cristo oferece, aos que creem, a oportunidade de um novo nascimento.
A velha criatura será sepultada nas águas do batismo e ressurgirá um novo homem que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Este novo homem passará a viver pela fé no Cristo que em breve virá buscar um povo seu especial e zeloso de boas obras para habitar com ele lá no céu.
A velha criatura será sepultada nas águas do batismo e ressurgirá um novo homem que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Este novo homem passará a viver pela fé no Cristo que em breve virá buscar um povo seu especial e zeloso de boas obras para habitar com ele lá no céu.
Ouça "Temos que ser um - Fernandinho"
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