Não precisamos matar ninguém, fisicamente, para sermos
considerados homicidas. Só de aborrecer ou odiar alguém, já somos assim
classificados e descredenciados a entrar no reino dos céus
Muitos
confundem papel com identidade: quem realmente são, com as múltiplas funções que
desempenham. Em tempos de isolamento social, aqueles que costumam se
definir pelo cargo que desempenham no trabalho, por exemplo, agora são
obrigados a se dissociar desta imagem.
Mas, não
somente desta, como de várias outras por conta dos demais papéis de pai
ou mãe, filho ou filha, tio ou tia, sobrinho ou sobrinha, avô ou avó, amigo,
vizinho, entre outros.
O que pode
estar havendo talvez seja um conflito de papéis que, por vezes, se confundem com
a identidade (traços de personalidade, quem realmente são na essência), fazendo
com que as pessoas se sintam perdidas e não consigam desempenhar todas as suas funções com excelência.
Não se trata de viver várias personalidades. Não é isso.
Tem a ver com sociabilidade, como nos relacionamos com amigos, familiares,
colegas de trabalho e até desconhecidos.
Será por
isso que se tem registrado tantos conflitos familiares, como se as pessoas não
estivessem se suportando dentro da própria casa? Será por que tiveram que
confrontar ou se encontrar com sua verdadeira identidade e colocam no outro uma
responsabilidade que seria propriamente sua?
Sendo isso
ou não, uma coisa é certa: o autoconhecimento salva vidas (relacionamentos
conjugais, familiares, sociais ou profissionais) e nos faz olhar primeiro para
o próprio umbigo antes de querermos tirar a “trave” do olho de alguém.
O apóstolo Paulo já lembra: “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (1 Coríntios 11.31).
E o
apóstolo João adverte que “qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós
sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1 João 3.15). Ou
seja, segundo o evangelho, não precisamos matar ninguém, fisicamente, para sermos
considerados homicidas. Só de aborrecer ou odiar alguém, já somos assim classificados e
descredenciados a entrar no reino dos céus.
Há quem
ache isso um exagero. Mas, julgo que Cristo permitiu que assim seja para
estimular o homem ao amor e às boas obras:
“(...) que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Efésios 4.1-2).
Ouça "Acreditar no amor - Vida Reluz Ft. Walmir Alencar"
♫♪ Quantas vezes você insiste em falar / Minha vida bem podia ser melhor / Convivência com os outros nem pensar / Se afastava pra não se decepcionar / Só não imaginou que tudo que se encontra / Nem sempre é um caminho a mais / Pra realmente ser feliz / Quero lhe contar que a chave do segredo / Que o leva em frente é o amor / Acreditar no amor ♫♪
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