Fazer o bem parece coisa de outro mundo. E se formos analisar é coisa de outro mundo mesmo, porque quem veio nos ensinar a fazer o bem foi o Senhor Jesus.
Ele veio de um lugar muito distante - para onde quer nos levar para morar - trazer a palavra que salva e gera vida no homem. A graça, a verdade e a misericórdia vierem com Cristo.
Outro dia o bispo Luciano Nascimento falou que é mais fácil fazer o mal do que o bem. Lamentavelmente é verdade. O mal está entranhado na nossa carne.
E acredito fortemente que já nascemos com uma semente maligna. Talvez por isso a Bíblia fala sobre a necessidade do novo nascimento:
“Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1 Pedro 1.23).
Como diz a canção: ♫♪ "Você plantou em mim / A semente da eternidade" ♫♪
Uma vez nascidos de Deus, a semente da bondade e esperança da vida eterna permanece em nós:
"Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus" (1 João 3.9).
Mais de uma vez abordei aqui o relato do apóstolo Paulo sobre o conflito entre o mal e o bem que habitava dentro dele, e o farei novamente:
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7.18-19).
Esse é um assunto, inclusive, que divide opiniões entre filósofos. Uns acham que o homem nasce bom e é corrompido pela sociedade. Outros acreditam que já nascemos maus, perversos e egoístas. Eu estou com aqueles que acreditam nesta segunda opção.
Falo por experiência própria de ter que fazer um esforço sobre-humano para ser melhor a todo instante porque, pra mim, é sempre mais fácil ficar com raiva e sair descontando em tudo e todos do que perdoar, relevar e olhar tudo com bons olhos.
Se eu não me esforçar para ter autocontrole, deixo a ira tomar conta de mim e acabo falando o que não devo. E, na maioria das vezes, “o tiro sai pela culatra”, porque não sei quem mais fica na pior: a pessoa que ouviu as lagartixas saindo da minha boca ou eu que me martirizo pelo que falei.
É exatamente como diz o livro de Provérbios 13.3:
“O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação.”
Algo que tem me ajudado bastante a minimizar estes efeitos colaterais é a auto observação aliada aos ensinamentos do evangelho.
Procuro perceber o que estou sentindo e o que me leva a esses sentimentos a fim de que consiga evitar que “a bomba estoure”.
É um esforço diário que nem sempre saio vitoriosa. Algumas vezes vou me dar conta do erro só depois que ele foi cometido... Mas, pelo menos, a lição foi aprendida para não fazer de novo. Tudo isso levando o entendimento cativo à obediência de Cristo.
O que a ciência chama de Inteligência Emocional, a Bíblia chama de vigilância:
“Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5.8).
Ser inteligente emocionalmente é perceber o que nos leva a comportamos inapropriados, cientes de que toda e qualquer atitude acontece por um impulso emotivo.
Então, identificar os gatilhos que ativam esse impulso é o primeiro passo principalmente, porque, uma vez tomados pela emoção, não é possível controlar. Mas podemos decidir o que fazer com o que estivermos sentindo.
Isso pra mim também é ficar sóbrio e vigilante.
Por essas e outras que eu acredito que Jesus veio trazer o evangelho para educar o homem, não somente para aprendermos a suportar e amar uns aos outros - o que também parece coisa de outro mundo - como também para entrarmos no reino dos céus.
Ouça "Coração igual ao Teu - Diante do Trono":
♫♪ Se Tu olhares Senhor pra dentro de mim / Nada encontrarás de bom / Mas um desejo eu tenho / De ser transformado / Preciso tanto do Teu perdão / Dá-me um novo coração ♫♪
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