Muitos de nós acabamos vivendo como se o tempo fosse um recurso inesgotável.
Vivemos com a sensação de que “o dia mau” não chegará para nós ou que temos muito tempo pela frente – ainda mais quando se é jovem.
Não quero aqui estimular ninguém a viver uma vida acelerada.
Pelo contrário.
Sou adepta da expressão que diz para vivermos um dia de cada vez.
Até porque, a Bíblia ensina a corrermos com paciência a carreira que nos está proposta.
O que eu quero chamar a atenção é para o ato de "deixarmos para amanhã o que podemos fazer hoje" – ditado também conhecido como o conceito de procrastinação.
Sabe quando você faz aniversário e a impressão que dá é de longevidade, que está vivendo mais?
Pois é, mas
não se iluda!
A real é que
o seu tempo está acabando. É um ano a menos que você tem.
É igual
vela: quanto mais tempo ela fica acesa, mais rápido acaba.
Parece uma
analogia boba, né?
Mas repara
só quando você foi jovem – ou você que é jovem ainda.
Lembra de
quando tinha toda a disposição do mundo?
Talvez
ficasse acordado (a) até tarde ou o dia todo na rua “batendo perna” – como diz
minha mãe.
Os anos passam e aquele vigor vai desaparecendo aos poucos.
Aquela disposição vai
sumindo e a casa – que antes era motivo de fuga – vira refúgio.
Ou então,
passa a viver parece galo – dormindo cedo de tão cansado (a) da lida diária.
E quando
menos se espanta, os aniversários te levam para a casa dos amigos da família
“enta”.
E aí você
começa a lembrar dos tempos de infância, adolescência ou juventude como se
fosse “ontem”.
Então a
ficha cai: “O tempo passou que eu nem vi”.
O apóstolo Paulo percebeu que o tempo estava se esgotando e procurou convencer os Romanos:
"E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé" (Romanos 13.11).
“O fim da
linha” estava mais perto – como vela acesa, prestes a apagar.
Só pensava
em vingar a desobediência cumprindo a obediência.
E compensar
tanto tempo perdido sem conhecer o autor e consumador da fé.
Deixou o vaso
ser quebrado.
Esvaziou-se
de tudo o que julgava saber para que fosse preenchido com a excelência do
conhecimento de Cristo.
O vaso foi
refeito. Se deixou transbordar.
Tudo o que
aprendera na nova jornada procurara comunicar aos outros, seja de forma verbal
ou por carta:
"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus" (Efésios 5.15-16).
Em outras palavras: veja o que você está fazendo com o seu tempo. Não ande como alguém que não sabe ou não acredita na ressurreição do último Dia. Os dias são maus.
O apóstolo
Pedro, entendendo o recado, também alertava:
“E já está próximo o fim de todas as
coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração” (1 Pedro 4.7).
Recomendava
que andássemos em temor durante o tempo da nossa peregrinação.
Entendia que
havíamos sido resgatados da nossa vã maneira de viver.
E procurava
gerar o arrependimento em quem passasse por ele:
"Para que, no tempo que vos
resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas
segundo a vontade de Deus" (1 Pedro 4.2).
Falava de
amor, mas, também, de juízo.
Que o Dia do
Senhor virá como o ladrão de noite.
Que os céus
passarão com grande estrondo.
Que os
elementos ardendo, se desfarão.
Que a terra
e as obras que nela há, se queimarão.
Até perguntar:
"Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" (2 Pedro 3.11-12).
E trazia à memória que nós, segundo a promessa de Cristo, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
Um lugar
onde há muitas moradas e que já está preparado, não aqui nesse mundo, mas no
reino dos céus!


Amem
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