Me sondas, me esquadrinhas
E procura, atrás das máculas, alguém real
Me encontra atrás das máscaras
E remove as ilusões que eu criei (Isadora Pompeo) 🎵
No emaranhado de tantas versões que, muitas vezes, não faz muito sentido para nós, Cristo nos convida a nos revestir dele:
"Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências" (Romanos 13:14).
Conforme o tempo vai passando desde a nossa infância quando tudo é tão puro e genuíno, vamos nos perdendo de nós e chega uma hora que a gente nem se reconhece mais. Absorvemos crenças e valores que não condizem com a nossa identidade.
Onde ela está? Onde se escondeu? Será possível resgatar? Eu acredito que sim. Sempre é possível encontrar o caminho de volta para nós.
O curioso é que, quando não nos apropriamos de coisas que são importantes para os outros ou passamos a acreditar naquilo que os outros acreditam, tendemos a criar versões ilusórias do nosso eu.
Criamos uma ou mais versões para caber na conveniência das circunstâncias.
Vou citar o meu caso como exemplo. Quando eu decidi trabalhar como jornalista, além de enfrentar o dilema da timidez, tive que assumir uma postura mais fria e séria para impor respeito. É que muitos não me levavam a sério por causa da minha baixa estatura.
Resultado: consegui o respeito, mas desenvolvi uma personalidade de pessoa, muitas vezes, arrogante e mal humorada. E deixei de lado o meu lado cômico e bem-humorado que são características natas.
Mais consciente de tudo o que ocorreu, hoje tento minimizar essa primeira impressão que as pessoas têm e resgatar quem eu realmente sou. O lado bom desse processo é que eu não me sinto só.
Aceitei o convite de me revestir de Cristo e consigo seguir sem tantos medos de explorar novas versões conectadas com a minha essência.
Pois, na dúvida sobre o caminho a seguir, me permito ser ovelha guiada pelo meu Bom Pastor na certeza de que Ele me levará aos melhores pastos.
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