O primeiro passo para tirar o peso do mal que fizeram a nós é orar pelas pessoas responsáveis por isso. No Sermão da Montanha, Jesus declarou:
"(...) Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem" (Mateus 5:44).
É certo que seremos abatidos e sentiremos os efeitos das calúnias, difamações ou qualquer outro mal que tiverem feito a nós. E o primeiro ímpeto será revidar, explodir, discutir ou pagar com a mesma moeda.
O poder da palavra, inclusive, é exemplificado praticamente em um capítulo inteiro do livro de Tiago. Em um dos trechos, é mencionado:
"Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo" (Tiago 3:2).
Acontece que, se cedermos aos impulsos da carne, será muito pior.
Impulsos emocionais
O apóstolo Paulo adverte que a inclinação da carne é morte e que é inimizade contra Deus, uma vez que ela não é sujeita à lei de Deus (Romanos 8:6-7).
A verdade é que não tem nem como a carne se sujeitar ao evangelho - que é a lei de Deus - porque Deus (o Verbo, a fonia, a palavra) é espírito. E os dois se opõem um ao outro (Gálatas 5:7).
Essa morte que o apóstolo Paulo se refere, podemos entender como a morte espiritual pelo fato de deixarmos a carne prevalecer sobre o espírito. Mas também podemos entender no sentido literal da palavra.
Afinal, quantas não são as pessoas que morrem por causa de discussões ou entendimentos divergentes que as levam às vias de fato?
Já a inclinação do Espírito, o apóstolo Paulo diz que é vida e paz (Romanos 8:6). É como aquela máxima de que "quando um não quer, dois não brigam".
Autocontrole
Como, então, aplacar o acesso de fúria que começa a querer dominar o nosso ser em situações desagradáveis? Primeiro vamos ao que orienta o apóstolo Paulo:
"Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo" (Efésios 4:26-27).
Abro um parêntese para dizer que Deus sabe que somos seres emocionais e que poderemos experimentar todo tipo de emoções e sentimentos.
Ele nos deixou o evangelho para compreendermos a importância de obedecê-lo.
Mais ainda: deixou de exemplo o que Jesus fez nos dias da sua carne, ou seja, quando estava neste mundo, para seguirmos as suas pisadas (1 Pedro 2:19-23).
Uma das coisas que Jesus fazia para vencer a sua carne era oferecer grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrá-lo da morte (Hebreus 5:7).
A Bíblia relata que quando Cristo fazia isso, era ouvido quanto ao que temia.
Mas o que será que Jesus temia?
Imagino que tenha sido fracassar na sua missão de viver e ensinar o evangelho, nos abrir a porta da eternidade por meio da sua morte e ressurreição e vencer a carne.
Jesus precisava fazer tudo isso para que pudéssemos seguir o seu exemplo.
Ele temia falhar.
E o medo de fracassar o levava a clamar e lagrimar, orar e suplicar para continuar firme no seu propósito de salvar o homem pela pregação do evangelho.
Isso me lembra o que disse o apóstolo Pedro na sua primeira carta:
"Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus" (1 Pedro 4:1-2).
Concluo, portanto, que assim como Jesus padeceu na carne tentando não fracassar, nós também precisamos nos armar com este mesmo pensamento sabendo que, se fizermos este esforço, teremos vencido os nossos impulsos.
Autoconhecimento
O conhecido pai da Inteligência Emocional, Daniel Goleman, destrincha como as emoções se processam no nosso interior e o que podemos fazer para ser inteligentes emocionalmente. O que ele orienta também me lembra os ensinamentos do evangelho.
Algo que Goleman frisa bastante, por exemplo, é o autoconhecimento e a importância de reconhecermos - de preferência dando nomes - ao que estivermos sentindo.
Uma vez que reconhecemos o que está acontecendo do lado de dentro, fica mais fácil de manter o autocontrole. Ele afirma:
"Se você aprender a administrar suas emoções, vai se recuperar rapidamente do estresse. Isso significa que quando você sentir uma emoção forte surgir, pode se tornar consciente dela, nomeá-la e deixá-la passar sem reagir instantaneamente. Isso trará foco e manterá o corpo relaxado - em alerta, porém, sem estresse".
O apóstolo Paulo também fala sobre a importância do autoconhecimento. Veja: "Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos (...)" (2 Coríntios 13:5).
Aliás, manter o autocontrole é fruto do Espírito: "Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Gálatas 5:22)
A suma é fortalecer o espírito por meio da comunhão com Deus para que ele prevaleça contra a carne em todo o tempo, mas, principalmente, no dia da adversidade.
Maravilhoso! Perfeito! Obrigada por isso.👏👏👏👏😭🌷💜
ResponderEliminarLegal gostei muito ler .
ResponderEliminarVc esta de parabéns ,por ajudar pessoas a conhecer e entender a obra de Deus!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA palavra de Deus é perfeita! Que elucidação simples e didática. A paz do Senhor esteja conosco.
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