Tenha em mente que a salvação é a coisa mais importante na vida de um ser humano, muito mais do que a conquista de bens materiais ou reconhecimento de homens na terra.
Todos nós estamos no mesmo patamar de pecado. Todos temos desejos (sexuais ou não), um mais forte que o outro.
Daí a advertência da palavra a respeito das concupiscências da carne e dos olhos e da soberba da vida (1 João 2:16).
Todos nós já nascemos debaixo de sentença de maldição, pecadores e destituídos da glória de Deus (Romanos 3:23).
Assim como existem os homossexuais, os heterossexuais e outras nomenclaturas de gênero, existem aqueles que se sentem atraídos por crianças, por animais, por pessoas casadas e etc.
(Isto para citar como exemplo de pecado, apenas o desejo sexual)
Da mesma forma que um heterossexual, em obediência ao evangelho para herdar o reino dos céus, precisa se preservar até o casamento, a pessoa que se identifica como homossexual ou outro gênero também precisa vencer os desejos carnais. A luta é a mesma.
Se um hetero, por amor a Cristo, crucifica a sua carne para não pecar, uma pessoa que se identifica com outro gênero pode crucificar também, assim como qualquer outra que possua desejos sexuais por quem quer que seja.
Até porque, o autoconhecimento não é um trabalho de aceitação de quem somos ("eu nasci assim"), mas é o reconheceimento das nossas fraquezas diante de Deus e negação de nós mesmos.
Quem aceita ao convite da graça e se fortalece do alimento espiritual - que é a palavra do evangelho -, vive tão cheio do amor de Deus que não se importa de padecer por não satisfazer a vontade da sua carne. Pois entende que, fazendo assim, viverá para sempre com Cristo no reino dos céus:
"E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 João 2:16-17).
O apóstolo Paulo com certeza sentia esses mesmos desejos, mas preferiu o celibato. Assim como Paulo, Jesus (o próprio Deus que se fez carne) e tantos outros homens e mulheres, sabendo que o desejo (tanto por homens, quanto por mulheres) era pecado, preferiram a santidade:
"E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" (Gálatas 5:24).
Jesus se compadece e socorre os que são tentados
O livro de Hebreus relata o que Jesus fazia para vencer a si mesmo e permanecer firme no seu propósito de salvar a humanidade pela sua morte e ressurreição:
"O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia" (Hebreus 5:7).
O Verbo da vida em figura humana suplicava ao Pai para conseguir vencer a sua própria carne.
Por se colocar no lugar dos homens, Ele conseguiu enxergar e sentir o que tem de bom mas, principalmente, o que tem de ruim dentro de nós. Talvez por isso tenha declarado aos seus discípulos:
"O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida" (João 6:63).
Essa atitude de se fazer como um de nós, além de nos ensinar a Sua humildade, nos mostra porque Ele se compadece das nossas fraquezas:
"Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados" (Hebreus 2:17-18).
O que leva o homem à vida eterna
Então, Jesus, o Pai celestial, na sua infinita misericórdia, vem ao mundo como Filho, anunciar as boas-novas do reino dos céus e ensinar o que os homens devem fazer para ser limpos de todo pecado e entrar na Cidade Santa.
Ele declara que na casa do Pai há muitas moradas e que o caminho para chegar até lá é o próprio Cristo (João 14:2-6), isto é, o Verbo da vida (o evangelho). É a obediência ao evangelho que levará o homem ao reino dos céus.
E uma das instruções para herdarmos esse reino é o novo nascimento pelas águas do batismo.
Em conversa com Nicodemos, Jesus é enfático ao declarar que “aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3:3). E outra vez: “aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus" (João 3:5).
Nascer da água é uma das credenciais para entrar no reino que Jesus veio anunciar.
Primeiro a pessoa ouve a palavra, crê nela, entende o propósito da vida eterna, se batiza nas águas para caracterizar o novo nascimento, ou seja, a nova criatura que habitará nas moradas celestiais; e passa a viver uma vida para Deus lavando as suas vestiduras no sangue do Cordeiro - participando da Santa Ceia - até o dia da sua partida.
Porque, afinal, ninguém sabe quando chegará a sua hora. Mas, quando esse dia chegar, precisamos estar com as nossas vestes limpas ou, como diz a parábola das dez virgens, com as nossas lâmpadas acesas para não sermos apanhados de surpresa quando o noivo chegar (Mateus 25:1-13).
Além disso, Jesus também declarou que quem come a sua carne e bebe o seu sangue tem a vida eterna, e Ele o ressuscitará no último Dia (João 6:54). Logo, quem não participar da Santa Ceia, ficará de fora. Para participar desse rito sagrado, é necessário nascer de novo nas águas do batismo.
A Bíblia também declara que são “bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas" (Apocalipse 22:14).
Negue-se a si mesmo e siga Jesus
Por saber da nossa natureza pecaminosa Jesus ensina:
“(...) Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”.
Na medida em que a pessoa se percebe como alguém que possui não somente desejos indevidos (sexuais ou não), como também comportamentos incompatíveis com o que o evangelho ensina, a sua atitude precisa ser de renúncia do próprio eu, e não de aceitação do pecado.
Satisfazer a vontade da carne não leva ninguém às moradas celestiais:
“E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção” (1 Coríntios 15:50).
Quando uma pessoa conhece Jesus verdadeiramente e o seu magnífico, impressionante, infinito e ousado amor - o amor que excede todo entendimento - não pensa duas vezes em segui-lo. É só lembrar dos discípulos que morreram por amor ao evangelho.
Quem concorda em entregar a sua própria vida por uma causa? Tem que estar muito convicto da vida eterna e apaixonado por almas que vão perecendo pelo mundo sem salvação, como o apóstolo Paulo escreveu em sua carta aos Filipenses:
"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé" (Filipenses 1:21-25).
Foi essa (com)paixão por almas que levou Jesus à cruz e que levou muitos discípulos a morrerem como mártires. Não à toa, a Bíblia diz que o evangelho é loucura:
"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus" (1 Coríntios 1:18 ).
Portanto, não endureça o seu coração ao ouvir a voz de Deus te chamando para se sentar à mesa com o noivo nas bodas do Cordeiro.
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Apocalipse 19:7).
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