Existe um espaço de tranquilidade do lado de dentro

mulher sentada e sozinha, quieta e tranquila
Foto:  Arnel Hasanovic/Unsplash

Refletir mais detidamente sobre o espaço de tranquilidade que existe do lado de dentro me fez intensificar o movimento do silêncio e da autoescuta.

Essa reflexão bateu aqui após uma pergunta que me foi feita esses dias em um curso na área de comunicação pessoal e desenvolvimento humano:

O que você faz para reduzir a ansiedade?

Confesso que eu não me considero uma pessoa ansiosa. A ansiedade faz parte do meu dia em níveis moderados quando tenho um projeto para entregar, uma agenda a cumprir ou qualquer outro compromisso que assumo.

Essa pergunta me fez recordar de pequenas crises que me deparava no dia a dia e que saía atropelando tudo quando algo não saia como esperado.

Acessando o espaço de tranquilidade

De uns tempos para cá, no entanto, tenho procurado modelar comportamentos de pessoas que agem na maior calma quando o “mar” está agitado. Aí eu me pergunto: 

Como eu faço para chegar nesse nível de tranquilidade?

Voltando à primeira pergunta, a minha resposta que, também responde a segunda, foi: quando percebo que vou ficar ansiosa por alguma coisa, procuro ficar quieta e escuto o silêncio. A autopercepção me ajuda a não me deixar levar pelos impulsos emocionais.

Nem sempre eu consigo, é verdade, mas esse movimento já tem feito uma diferença enorme nas minhas relações interpessoais.

Essa provocação me fez constatar que o estado de presença traz paz e tranquilidade e que esse espaço existe e está pronto para nos acolher do lado de dentro.

É um exercício diário para não ser apanhada pelos imprevistos e pela armadilha de achar que tenho o controle de tudo.

Terapia é autoescuta

Outro comentário que me chamou a atenção na turma foi que a terapia é autoescuta.

Algumas pessoas chegam em determinado ponto da sua jornada na terapia e acham que não está acontecendo nada, que as sessões não estão evoluindo e não estão fazendo diferença alguma na sua vida.

Só que a ideia de falar, falar e falar é justamente praticar essa autoescuta e se ouvir, promovendo essa reconexão interior.

Pois acredito que a falta de conexão consigo mesmo gera muitos ruídos internos e acabamos não sabendo de onde vem determinado desconforto.

Isso tudo me fez repensar sobre as inúmeras possibilidades de usar a autoescuta como aliada para reduzir a ansiedade.

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